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08:41:00

Dia Mundial sem Tabaco

(por Luciano Silvestre)

Olá, pessoas! Peço desculpas pela minha ausência aqui no nosso blog, mas estava com problemas de conexão com a internet. Mas hoje (31), voltando ao normal, vamos conversar um pouquinho mais sobre o Dia Mundial sem Tabaco.

Em 31 de maio comemora-se o Dia Mundial sem Tabaco. Desde 1987, esse dia é um desafio para que os fumantes fiquem pelo menos 24 horas sem fumar. Este ano, o tema é Mostre a verdade. Advertências sanitárias salvam vidas e ressalta a importância das advertências colocadas nas embalagens, por exemplo.

O uso do tabaco começou há muito tempo atrás, por volta de 1000 a.C. na América Central por tribos indígenas. A planta, utilizada em rituais religiosos, provavelmente chegou ao nosso país por causa das migrações de tribos tupis-guaranis. Mas quando os portugueses aqui desembacaram e tiveram contato com o tabaco, o consumo expandiu-se por toda a Europa. Somente no século dezenove, começou-se a fabricar o cigarro.

Infelizmente, o que antes era utilizado em rituais religiosos passou a ser usado contra o próprio ser humano. Encontramos pelas ruas da cidade, pessoas e mais pessoas fumando, ativa ou passivamente.

É um mal que se espalha, principalmente entre os adolescente estudantes. E enquanto isso, nas indústrias, toneladas e mais toneladas de cigarro são produzidas, levando o lucro dos empresários a valores exorbitantes.

Diga sim à vida, diga não ao fumo. Não se deixe levar por um simples papelzinho enrolado com tabaco. A vida é muito para ser jogada fora desse jeito. Em vez de queimar um cigarro, já pensou em queimar o dinheiro antes? Pense nisso. Vamos melhor este mundo.


10:43:00

Delírios de um inconformado...

(por .Fe.Mazi)

A idade que tenho....a quanto corresponde...?
A quanto vivi? O quanto vivi....?
Vi de fato o que vivi.....?

O quanto estive acordado...
O quanto estive durmindo...
O exterior me dá pistas
De que minha sonolência é maior
Do que imaginei...

Quantos desacordados nem imaginam
Estarem durmindo.... Seria eu um desses....??

Observo tantas formas....de vida....divinas!
E sobre um movimento ondulante (hipnotizante)
De águas que parecem me querer convencer
De quanta vida há em si...

Me questiono, me preocupo, aflito me pergunto....
Subestimo os outros ou á mim...?
Qual a natureza do homem?
Há uma em comum?

A natureza de um bicho se nota...
Nota-se logo, d'onde vem e até onde pode ir....
Mas até onde eu posso ir?
Há uma pré-determinação a ser seguida?
Estamos fadados a desacordar todos os dias....?
Pensando assim....seria eu então uma falha no sistema...
Ou mais um que se julga assim?
09:47:00

Os princípios da boa educação

(por Luciano Silvestre)

A educação no Brasil está indo de mau a pior e ninguém se prontifica a investir em recursos (eficazes) para melhorá-la. E também não vai ser mudando sistemas de avaliação e grades curriculares que iremos conquistar um ensino de qualidade. Promessas demagógicas também não surtirão muitos efeitos a favor da educação.

Hoje discute-se tantas propostas para melhorar o sistema de ensino, mas pouco se lembra dos elementos fundamentais para se ter um ensino digno e de qualidade: professor bem remunerado, motivado e capacitado; infra-estrutura adequada para um local de formação de cidadãos; alunos motivados e interessados. E a explicação para todos esses elementos é muito fácil. Comecemos pela infra-estrutura.

A partir do momento que temos um local apropriado para ser uma escola, a educação já está começando a melhorar. Salas de informática (que funcionem) e laboratórios para a realização de atividades práticas são bons exemplos. Assim, o professor começa a dispor de recursos para fazer uma aula diferenciada e mais dinâmica, facilitando a aprendizagem.

Também não adianta muito ter uma excelente estrutura mas professores completamente desmotivados e despreparados para entrar em uma sala de aula. Logo, é também necessário investir na qualificação desses profissionais, que muitas vezes precisam lecionar três turnos para receber um salário que lhê de um pouco mais de conforto.

Por último, conciliando os dois elementos citados acima, estão os alunos, motivados e interessados. Mas este problema não deve ser muito difícil de resolver, como muitos imaginam. Crianças e adolescentes procuram experiências novas, que lhes deixem curiosos, interessados. Tendo uma infra-estrutura e professores capacitados, teremos como resultado aulas diferentes. Finalmente sairemos do sistema livresco. O aluno, não acostumado a isso, despertará interesse pela aula.

O investimento na infra-estrutura também é importante para que o aluno não se contente facilmente, já que hoje muitos escolhem a faculdade pelo fato de ela parecer um shopping center: escadas-rolantes, praças de alimentação, salas de ginástica e por aí vai... O aluno, se tiver uma boa infra-estrutura na escola, não ficará encantado e hipnotizado por instituições assim.

Ao fim de tudo isso teremos uma boa educação, com certeza um pouco melhor do que a atual. Somente nesse momento, teremos o direito de modificar ENEM, vestibulares e o que mais hoje se julga necessário.
09:46:00

A crise da beleza.

(por .Fe.Mazi)

No mundo artístico, comumente questionamo-nos á respeito do que é belo? Nas artes plásticas mais especificamente, nos perguntamos o porquê de um "rabisco" ou um monte de manchas serem classificados como "obra de arte". Qual seria a referência de análise? O que é algo belo? Ou Belo?

Existe uma crise á respeito da beleza, e não afirmo isso embasado por minhas próprias convicções. De fato, a beleza de um modo geral parece ter perdido seu Norte. Mas por que então focar a Arte? Por quê partir desse prisma? A Arte parece ser detentora de uma caráter profético. Devido ao seu íntimo relacionamento com o humano, esta parece presentir e denunciar o que está por vir. A crise humana se exterioriza na crise artística.

A falta de um Norte na Arte parece ser, nada mais nada menos, do que um indicativo de como a própria sociedade se encontra guiada por pseudo-valores. Tudo parte do consenso da maioria, e assim caminha a humanidade. É a era do subjetivismo e do relativismo. O contrário pode ser classificado como ditadura. A arte moderna, no início do século XX, ainda mostrava segurança nos rumos a serem seguidos e a própria sociedade ainda era imbuída de determinados valores. Com o advento da arte contemporânea a partir da década de 60, 70, aos poucos o caminho foi se tornando obscuro. A névoa do subjetivismo foi tomando conta da estrada a ser percorrida.

Beleza no grego antigo é Kalón, a mesma palavra usada para amor, bondade e justiça. Ou seja, aspectos da sociedade que também se tornaram relativos. Fazendo uma caminhada histórica desde a Grécia antiga, observamos que o Belo tinha um caráter bem objetivo, como já dizia tanto Platão quanto Aristóteles: "A beleza é o esplendor da verdade." A beleza tem um sentido objetivo; é ou não é, e independe do meu subjetivo, do meu gosto, está ligada á um sentido superior. Santo Agostinho dizia: " As coisas são belas porque agradam, ou agradam porque são belas? Respondo sem vacilar: agradam porque são belas."

O artista sacro Cláudio Pastro diz em um de seus livros: "A beleza é o reflexo e o termômetro de uma sociedade em crise, pois de todas as crises a mais afetada é a da beleza."

O sentido cristão, e acredito também o judaico, o budista, tem algo muito bem definido á respeito da beleza e do seu porquê. A beleza não existe apenas para um deleite pessoal, para o prazer dos sentidos. Nesse conceito a beleza nos arrebata e nos transfigura em direção ao Uno, para sermos um com aquele que é por assim dizer, o Deus da Beleza.

É necessário uma reavaliação da beleza e de seu papel, de sua função, do seu porquê. Termino com Dostoiévski (em O Idiota): "A beleza salvará o mundo." ...........mas que beleza....?
08:58:00

Uma geração de semissurdos

(por Luciano Silvestre)

O prazer de poder escutar música em qualquer lugar e sem muito esforço surgiu ainda na década de 1960, com a criação do Walkman, da japonesa Sony. Era o início da música portátil. De lá para cá a coisa só foi ficando mais moderna (e muito!), surgiram os cd's, a família Mp e hoje todos comentam sobre o Ipod da Apple.

Os celulares deixaram de lado a sua real utilidade e viraram reprodutores de músicas e vídeos, em volumes baixos ou extremamente altos. Pelo visto acabou a individualidade, já que ouvimos música até mesmo sem querer, basta andarmos na rua ou pegarmos algum transporte coletivo. A mania musical virou febre em várias faixas etárias, principalmente nos adolescentes.

Começamos a forçar uma geração de semissurdos. Os volumes são cada vez mais altos e o problema vai acabar virando uma bola de neve. Os aparelhos aumentaram a potência, mas o ser humano ainda continua com o mesmo ouvido e a mesma sensibilidade (se é que esta já não diminuiu).

Especialistas no assunto afirmam que não é nada legal ouvir música dentro dos metrôs, por exemplo, afim de amenizar o barulho feito pelo trem nos túneis. Isso apenas vai contribuir na diminuição da sua audição.

E agora parece que cada um criou o seu mundo, junto com o seu aparelho de mídia portátil. Acabou-se a interação entre as pessoas. Você olha para um lado tem gente ouvindo música; para outro, advinha, mais gente ouvindo música.

Vamos interagir mais com as pessoas, vamos ouvir música mais baixo, vamos respeitar o direito do próximo, vamos nos conscientizar e evitar que a sociedade continue se deteriorando.
14:38:00

Sobre a vida...

(por .Fe.Mazi)

Houve uma corrente filosófica na Roma antiga, chamada de Cinismo. O fundador do Cinismo foi Antístenes, mas coube á Diógenes de Sinope tornar-se o símbolo desse movimento. Diógenes levou à radicalidade os princípios elaborados por Antístenes.

A essência do Cinismo era viver sem meta e satisfazer a própria animalidade, rejeitando as comodidades oferecidas pelo progresso. A felicidade do homem está em precisar de pouco para viver. Somos livres quando não precisamos de nada.

Diógenes de fato, vivia como um "cão" pela Roma antiga, perambulando na extrema miséria, tendo como únicos bens um alforge, um bastão e uma tigela, que simbolizavam o desapego e a auto-suficiência perante o mundo. Vivia segundo suas necessidades imediatas e expressava-se como queria. Aliás, tal aspecto era uma importante característica do Cinismo, a liberdade de expressão. Falar o que se pensa sem medo das consequências. Havia também a "Anáideia", a liberdade de ação, não ter vergonha de nada, de mostrar quem de fato é.

São inúmeras as histórias contadas sobre ele na Antiguidade. Um famoso episódio conta que Alexandre o Grande, ao encontrá-lo, teria perguntando o que podia fazer por ele. Da posição de Alexandre, este fazia sombra sobre Diógenes, que simplesmente responde-lhe: "Não me tires o que não me podes dar." Em outras palavras: "Deixe-me ao meu sol!"

Diógenes foi o exemplo radical da indiferença cínica perante o mundo, desprezava a opnião pública e dizia: "Sou uma criatura do mundo (cosmos), e não de um estado ou uma cidade (polis) particular."- manifestando assim um cosmopolitismo raro em seu tempo.
11:33:00

Conheça

(por Luciano Silvestre)

A busca pelo conhecimento, característica da espécie humana, nos trouxe infinitos benefícios. Hoje, por exemplo, os avanços na medicina permitem tratar problema antes incuráveis. Na tecnologia, o "querer ser diferente" para conquistar mercado, trouxe muitas inovações e continua trazendo.

Se buscarmos em um dicionário o significado da palavra conhecer, uma das respostas que possivelmente vamos encontrar é "ter capacidade de distinguir; discernir". Tranportando essa ideia para o cotidiano, vemos que o conhecimento nos permite diferenciar o certo do errado, o bom do mau.

A paixão pelo conhecer precisa fazer parte de todas as pessoas, especialmente os estudantes. Não basta apenas ir à escola diariamente, é necessário ter o desejo de conhecer e ainda mais, ser receptivo. Uma pessoa pode ter o melhor professor, mas se não quer aprender coisas novas, não há quem consiga ensiná-la.

A sociedade de hoje, ainda mais competitiva, estabeleceu determinados padrões de conhecimento que se refletem diretamente no mercado de trabalho. Criou-se a ideia de que quantos mais estudos ou cursos uma pessoa fizer, melhor ela será. Mas isso não é completamente verdade. Hoje é comum encontrarmos pessoas que não possuem um currículo extenso mas que são grandes líderes. O segredo está na vontade de conhecer, de aprender. Quanto mais vontade se tem, mais entusiasmado você ficará.

De maneira sucinta, conhecer nos ajuda a saber escolher melhor as oportunidades que aparecem. Conhecendo o mundo à nossa volta podemos trabalhar em cima de metas e objetivos.

Procure viver, conhecer. Ninguém conseguirá roubar o conhecimento que você adquiriu. Seja um conhecedor do mundo em que vive. Garanto que vai ser uma experiência fantástica.
15:30:00

A vida sob a ótica Platônica.

(por .Fe.Mazi)

Para Platão, o corpo é o cárcere da alma. Existe nele uma concepção dualista. A alma pertence ao supra-sensível e o corpo ao sensível. Podemos usar a metáfora da prisão e do prisioneiro para ilustrar essa idéia. O corpo aprisiona a alma.

O corpo é causa de todos os males da vida presente, tudo o que é ruim vem do corpo. Sendo assim, na ética platônica, morrer é liberdade para a alma. Tal raciocínio encontra muitos adeptos nas diversas religiões. Mas em Platão há um certo radicalismo, desejar a liberdade da alma é desejar a morte do corpo.

A filosofia é então, "exercício de morte", claro, morte para o corpo. Mas por que? Se considerarmos que o filósofo é aquele que busca a sabedoria, o conhecimento verdadeiro, a verdadeira vida, isso tudo é sinônimo de morte para o corpo. Libertar-se do que oprime a alma e não a deixa alcançar a verdade.

É o conceito de "Fuga do Mundo". Essa fuga é exatamente o aproximar-se daquilo que é virtude e de deus (deus aqui simbolizando as realidades supra-sensíveis).

"Esse fugir consiste em nos assemelharmos a deus na medida de nossas possibilidades humanas. Assemelhar-se a deus é adquirir justiça, santidade e sabedoria." - nos diz Platão. Fugir do mundo é fugir do mal que o mundo representa, através da filosofia. O conhecimento purifica a alma. Conhecimento aqui não como informação apenas, mas como impregnação da consciência.

É conhecendo que cuidamos de nossa alma.

Num mundo extremamente materialista e finito, é interessante analisar tal raciocínio. Como o palpável, o visível perde seu valor diante de algo maior, a liberdade. Não o poder de ir e vir, mas a liberdade que alcançamos ao nos depararmos com a verdade absoluta, a meta do filósofo.
09:20:00

Um anjo chamado mãe

(por Luciano Silvestre)

Enquanto eu vivia lá no céu, estava tudo às mil maravilhas. Era tudo calmo, bonito, nada de violência nem discórdias. Mas um dia Deus disse-me que a hora de descer à terra e começar a minha missão havia chegado. De início, fiquei assustado.

Logo em seguida, já estava recebendo minhas instruções: ajudar o próximo, semear a paz, dentre outras. Deus também me disse que lá na terra havia muita gente que só pensava em fazer o mal: brigar, roubar e até matar o próximo. Era disso que tinha receio.

Para me tranquilizar, Deus falou que escolheria um anjo para me protefer e me guiar. Ele seria meu conselheiro, apoio, guia e a minha razão de vida. Com todas essas palavras, senti-me mais seguro.

Mas uma coisa ainda me deixava com dúvidas: qual era o nome e como eu saberia quem era meu anjo? Então ouvi: você chamará seu anjo de MÃE.

Enfim, mãe é tudo. Desde quando nos colocou no mundo preza pela nossa vida. Sempre que o melhor para nós e se esforça para isso. Também não é raro encontrarmos aquela mãe que também faz o papel de pai.

Nós, do blog 'A arte de Refletir', desejamos à todas as mães um Feliz Dia, não apenas este, mas todos os de sua vida. Muita paz, saúde, muito amor e carinho para todas as famílias.
10:14:00

Meu elogio á Arte....

Hoje é dia do Artista Plástico, então ofereço meu pequeno e modesto elogio á Arte e por consequencia ao Artista.

Gravo-me nessa madeira
Madeira da vida, gravo-me nos sulcos que a goiva produz
Goivas afiadas por intempéries sem fim
Retrato-me nessa madeira de pesares
Reecontro-me....me perco....me acho...me gravo
Inicio meu diálogo

Dialogo com a tela
Tela que me fita
Que fita, encara, desafia-me
A tentar a primeira rima
Primeiro verso do meu poema
O poema a ser escrito nela.....escrevi antes em mim

Meus sentimentos têm cores
Meus dias manchados
Dias esculpidos...talhados
Com o cinzel da auto-punição
(ou da auto-piedade?)
Ataco o frio e rígido mármore, que sou eu

E sinto que preciso...preciso redefinir-me a mim mesmo
A cada dia eu preciso
Preciso sim me reinventar
Algo do artista em mim...não se cala!
Não pára de gritar!
Até o fim! Até o fim!
11:39:00

2000inove na educação

(por Luciano Silvestre)

Os projetos para tentar melhorar o ensino da rede pública vieram à tona neste ano. Mudanças no ENEM, nos vetibulares e até o secretário de Educação já mudou.

Agora, o mais recente plano mirabolante do Ministério da Educação é mudar o ensino médio, a etapa mais problemática de todo o sistema educacional.

A ideia é acabar com aquela divisão em 12 disciplinas (português, matemática, biologia, física, química, geografia, história, filosofia, sociologia, artes, língua estrangeira e educação física) e criar quatro grupos temáticos que envolveriam essas matérias: línguas; matemática; humanas; exatas e biológicas.

Se a proposta, discutida na última segunda-feira (04) pelo Conselho Nacional de Educação, for aprovada, o MEC espera recuperar o interesse dos alunos pelo ensino médio, que já foi perdido há muitos e muitos anos. Mas ainda há um grande problema a ser enfrentado: a capacitação dos professores, que foram preparados para ensinar em disciplinas.

Como diz o ditado "Quando a esmola é muita até o santo desconfia", é bom também desconfiarmos deste elenco de transformações na educação. Primeiro, mudança no formato do ENEM, depois a adaptação do ensino médio ao novo formato da prova. Será que o objetivo é deixar o aluno da rede pública mais próximo da universidade e, assim, falar que conseguiu melhorar a educação?

Se a resposta da pergunta acima for afirmativa, é bom pensar mais um pouco, porque seu aluno que acabou de sair do ensino fundamental pode não está preparado para uma aula tão interdisciplinar no ensino médio. Se isso acontecer, os planos podem ir por água abaixo.
12:59:00

O destino do filósofo.

(por .Fe.Mazi)

Estaria o filósofo destinado á morte? Estaria já condenado simplesmente pelo fato de questionar? As pessoas aceitam que suas atitudes e costumes sejam questionados? Que o porquê soterrado sobre as regras e costumes impostos pela sociedade seja descoberto?

Platão idealizou o Mito da Caverna. Dizia que o mito vem suprir a insuficiência da razão e a estimula a pensar. Nesse mito, que se encontra na obra "A República", existem muitos elementos interessantes e, basicamente trata de como podemos nos libertar da escuridão e alcançar a luz da verdade.

No mito, pessoas se encontram aprisionadas numa caverna, estão acorrentadas e com seus olhos voltados para o fundo da caverna. Na abertura da caverna há a luz de uma fogueira que projeta as sombras dos objetos que passam fora da caverna. Resumindo, as pessoas ali aprisionadas só conseguem enxergar sombras, fragmentos da realidade, e ainda assim, uma realidade projetada por uma pseudo luz. Não a luz da verdade, simbolicamente o sol.

Nesse cenário, um dos habitantes da caverna consegue se libertar dos grilhões e sai da caverna. Observa a fogueira, os objetos e suas sombras que são projetadas. Alcança a luz do sol e percebe que a realidade que viviam era uma mera metáfora.

Abismado pela descoberta e desejoso de libertar seus companheiros ele volta. Mas não é bem recebido, os habitantes da caverna não querem encarar que a realidade que viviam até então é uma mentira. Não acreditam. Não aceitam e o matam.

O medo do desconhecido e a dificuldade em aceitar que viviam uma ilusão foi maior do que a vontade de se descobrirem, se libertarem. Não aceitaram a quebra de seus paradigmas.

Esta é a figura do filósofo. Aquele que se liberta de costumes impostos e de pseudo-realidades para libertar-se e assim, libertar aos outros. Mas isto é possível? É aceito?

Quantas vezes nos encontramos na figura do filósofo e nos questionamos até que ponto vale a pena tentar rasgar o véu que tantas vezes enconbre a verdade? Deve-se estar disposto a pagar o preço da exclusão, da indiferença e do descrédito.

Seria este o destino do filósofo? E sendo.... vale a pena lutar pela verdade num mundo de relativismos?
11:21:00

Somos amigos, amigos do peito

(por Luciano Silvestre)

Até ontem, o texto do dia de hoje seria sobre teoria do conhecimento. Mas nesta manhã ensolarada de domingo, logo ao acordar lembrei-me de uma pessoa e por isso este texto vai para ela.

Ninguém discute que uma verdadeira amizade dura anos, décadas e, para os mais sortudos, quem sabe um século. É com sabermos que sempre teremos alguém para nos consolar, nos apoiar, mesmo que estejamos errados. Muitos acreditam que a distância ou a falta de tempo faz com que a amizade fique esquecida ou até mesmo se acabe. Mas não é verdade. Quando ela é real, dura enquanto durarem os amigos.

Mário Quintana já dizia que a "amizade é um amor que nunca morre". E aí se encontra todo o segredo de uma amizade: não devemos deixar que esse amor caia no esquecimento, muito menos seja abalado. Mesmo que não estejamos sempre ao lado do amigo, é possível existir esse amor. Amigos são para toda a vida.

Valorize uma amizade, valorize o seu amigo. Lembre-se dele, faça um telefonema, mande uma mensagem, ou até mesmo uma carta, por que não? Seja diferente um pouco.

Sejamos amigos, sejamos felizes.
19:38:00

Ayrton Senna: uma lição de vida.

(por Luciano Silvestre)

Paulista, nascido a 21 de março de 1960, Ayrton Senna da Silva está no nosso coração até hoje, 15 anos após o trágico acidente que tirou sua vida no GP de San Marino em 1994, no autódromo de Enzo e Dino Ferrari, em Ímola.

A paixão pela velocidade começou desde pequeno: aos 8 anos de idade competiu em uma corrida de kart, com adversários entre 18 e 20 anos. A pole position, definida por sorteio, ficou com o próprio Senna. E a primeira posição foi mantida quase até o fim da corrida, quando um outro kart o tocou por trás e ele capotou. Sua primeira corrida oficial de kart aconteceu em 1 de julho de 1973, e com ela vieram a pole position e a primeira vitória oficiais. Era o início de uma grande carreira de conquistas e emoções.

As grandes corridas feitas por Senna o levaram a estrear em 1984 na Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil, pela equipe Toleman/Hart. Mesmo com os problemas enfrentados durante a prova (que o levaram a abandonar a corrida), Senna provou que estava lá para competir e não deixou de mostrar o seu talento. No entanto, terminou a temporada em 9º lugar.

Em 1985, o piloto fez uma corrida perfeita em Portugal e conquistou sua primeira vitória na F-1. No próximo ano, Senna já era favorito para levar um campeonato mundial. Em 1987, já competindo com Nelson Piquet e Nigel Mansell, Senna terminou o campeonato na terceira posição e assinou contrato com a McLaren, e passaria a correr com Alain Prost.

Na temporada de 1988, Senna conquistou seu primeiro campeonato mundial, episódio que voltaria a acontecer nos anos de 90 e 91.

Mas em 1994, no GP de San Marino, os brasileiros ficaram órfãos de um grande ídolo: Senna bateu contra o muro de proteção e não resistiu. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de SP e o caixão carregado por alguns dos principais pilotos do automobilismo.

O grande heroi brasileiro ainda continua vivo em nossas memórias. O Instituto Ayrton Senna, presidido pela irmã do piloto, tem como meta trabalhar para criar oportunidades de desenvolvimento humano a crianças e jovens brasileiros.

Ayrton Senna da Silva: em um país tão carente de heróis, ele consagrou-se um.
11:41:00

O solo da educação.

(por .Fe. Mazi)

No início do séc. XX, os franceses Alfred Binet e seu colega Pierre Simon, criaram um instrumento bastante engenhoso, o teste do Quociente de Inteligência, o famoso teste de Q.I. Este servia basicamente para a identificação de crianças com um retardamento intelectual, que pudesse, no futuro prejudicar as chances da mesma na aprendizagem.

Logo em seu início, se questionou muito a validade e alcance de tal teste, que não mede por exemplo, a criatividade e originalidade. Pensava-se também haver somente dois tipos de inteligência, lógica e linguística. A inteligência claro, pode ser medida, mas não é a medida. Isso acaba sendo reflexo de uma sociedade que só valoriza o que pode ser medido.

Um grande psicólogo, que revolucionou o modo de se pensar e abriu o grande leque das muitas inteligências existentes, é Howard Gardner, conhecido especialmente por sua teoria sobre as Ineligências Múltiplas.

Gardner diz que, todos são capazes de aprender e desenvolver os tipos de inteligência, contanto que seja estimulada pela sociedade. O fator hereditário existe, mas o meio propicia o desenvolvimento. Inteligência não se mede, é algo único, como uma impresão digital.

Os canais de aprendizagem são tantos quanto o número de inteligências. A escola tem a função social de trazer o conhecimento. Esta deve se preocupar com a cidadania, transmitir valores. Uma sociedade sem valores não chega á lugar algum.

Howard Gardner também prega a educação para a felicidade, educar para o bom, para o belo e para o verdadeiro. Mas como aplica-se tal teoria?

Bem, a começar pelas pequenas modificações. A concepção antiga de avaliação era de constatar quem sabe e quem não sabe. Mas não existem aqueles que não sabem! Deve-se incluir o aluno no círculo de aprendizagem, entender o que ele não compreende e o porquê de sua não compreensão, para assim poder ajudá-lo.

A prova é um instrumento e não o instrumento. Avaliar através de uma prova, e só através dela é desconsiderar as particularidades de cada aluno. Se aplico uma prova com dez questões, e meu aluno acerta nove, ele é considerado bom, mas esqueço que ele pode ter dificuldades em falar, se expor, trabalhar em grupo.

É necessário de certa forma, revolucionar o método de avaliação. Avaliar não por notas, mas por conceitos. Relatórios feitos pelos alunos e apresentados aos pais por exemplo. A avaliação deve ser contínua. É preciso particularizar o ensino.

Claro, sabemos das inúmeras dificuldades que assolam o campo da educação. O descaso de um governo de um lado e a desmotivação de professores mal valorizados de outro. Não entrarei aqui nos muitos problemas a serem resolvidos. Existirá sempre o real e o ideal.

No entanto, na semana em que comemoramos o dia da Educação, deve-se tentar ao menos, abrir-se para a necessidade de transformar a sala de aula numa arena poética, jogar sementes de solidariedade no pedregoso solo da educação e esperar que pelo menos uma dessas sementes brote. Valorizemos nossos professores!
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