A Arte de Refletir

(por .Fe.Mazi)

Em nossa 1º Semana da Educação, desejamos de forma simples e singela, ofertar nosso Muito Obrigado aos professores, á todos aqueles que, independente de terem passado ou não por nossas vidas, se tornaram no coração de muitos não só professores de uma disciplina, mas educadores da vida! Muito Obrigado!

Nas palavras do escritor e cientista Augusto Cury: "Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. Educar é ser garimpeiro que procura tesouros do coração."

Parabéns a todos que, arduamente semeam amor no terreno da violência, da marginalidade e do ódio. Que esse muito obrigado possa servir de incentivo á tão belo e mal-valorizado ofício!

"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
(Paulo Freire)

(por .Fe.Mazi)

Muitos e muitos escritos comprovaram e comprovam: O Sistema Educacional necessita de uma revolução! Apesar de forte, a informação de que a educação está falida é verdadeira.

Interessante observar que é comum encontrarmos resultados a respeito da educação em iniciativas particulares, ONGs, comunidades, projetos, mas não na escola em si, claro, mais especificamente nossas escolas estaduais.

Lecionei Artes durante 1 ano em escolas do Estado, 1º, 3º, 5º, 6º e 7º séries. Ou seja, acompanhei distintos momentos da vida de uma criança e de um jovem de periferia e pude comprovar a triste realidade que os cerca.

Jovens que trazem em si a violência de seus lares, jovens sem perspectiva, onde uma faculdade parece cada vez mais uma ilusão, jovens que já se acostumaram aos gritos dos professores e ás notas baixas, e por isso são classificados como alunos F, alunos de 4, 5, alunos insuficientes.

Óbvio que tudo isso faz parte de um grande círculo que deve ser quebrado, famílias desestruturadas geram filhos desestruturados, tais famílias cobram da escola a educação que não tiveram condições de dar, a escola alega que seu papel não é educar no sentido da educação e respeito que devem vir do lar, por outro lado os professores são extremamente mal valorizados, e assim vai.

Como então gerar pensadores numa sociedade ansiosa, depressiva e consumista onde somos números e assim somos taxados, classificados? Vocé é insuficiente! Qual a repercussão de ouvir isso na vida de um jovem?

Apesar de tudo isso, vejo esperança. Acredito na força dos pequenos gestos, nas pequenas iniciativas e as acompanho com muito entusiasmo. Não acho que veremos as escolas serem totalmente reformuladas num futuro próximo, não acredito nisso. Mas vi muitas vezes, um simples professor (um fantástico pensador) situado em alguma comunidade distante e carente, revolucionar uma classe com seus pensamentos. Nisso eu acredito.

Podemos começar uma pequena revolução aqui mesmo! Temos o suficiente pra isso. Qualquer um pode reunir um pequeno grupo, visitar um museu, falar de filosofia num parque, admirar a obra de arte escondida na natureza. Avaliar o humano não como um número reprovado numa avaliação, mas sim com o testemunho de seus atos no dia-a-dia.

Pois bem, lançamos aqui a campanha: Admite-se Pensadores! Quem vai aderir....?

(por Luciano Silvestre)

O fim do ano está chegando e andando pelo centro de São Paulo podemos ver várias lojas com avisos de vagas de emprego: operador de caixa, estoquista, vendedor, etc, etc, etc. Se eu pudesse mudar uma coisa, mudaria para Admite-se pensadores. E isso basta.

Provavelmente alguém já teve esta ideia. Mas foi um insucesso. É difícil encontrar pensadores. As escolas não formam pensadores como antes, mas valorizam os decoradores (no sentido de memorizar, por favor!).

Estudar é sinônimo de se preparar para o vestibular que virá no último ano do ensino médio. É uma longa caminhada até lá, mas o aluno vai sendo manipulado e em sua mente é inserida a seguinte meta: "Eu preciso passar no vestibular".

Infelizmente o que mais encontramos hoje são jovens que são capazes de responder diversos exercícios difíceis mas, ao se depararem com um problema pessoal, não sabem o que fazer e se desesperam.

Neste texto da I Semana da Educação, no blog A Arte de Refletir, fica a dica: vamos formar pensadores, vamos preparar nossos alunos para a vida.

(por .Fe.Mazi)

O cenário das Artes Plásticas sempre foi caracterizado pelo protesto, pela polêmica. Os movimentos surgidos ao longo da História, nos mostram que dificilmente um movimento era aceito pacificamente ao inaugurar sua "nova forma" de ver o mundo. Somente para mencionar os mais recentes, assim foi com o Cubismo, com o Impressionismo, com a era da Arte Moderna. Enfim, o estranhamento por parte do público sempre permeava o surgimento de um novo movimento.

Presenciamos atualmente a era Contemporânea das Artes Plásticas, marcada mais do que nunca, pela polêmica de seus artistas. É uma era de muita riqueza, de novos experimentos e técnicas, de quebra de tabus e protesto. Mas penso que, talvez em algum ponto depois do início dessa contemporaneidade, a proposta tenha se perdido.

Voltando aos primórdios da Arte Contemporânea, observamos artistas como Andy Warhol, Marcel Duchamp trazendo propostas bem definidas como o ready made, mas ao que parece a era do "tudo é arte" chegou á um certo extremo. Qualquer tentativa de definir parâmetros é violentamente repudiada sob o argumento de que a liberdade do artista deve estar acima de tudo. Não se pode prendê-la, podá-la.

Tive um excelente professor na Faculdade que dizia que em algum momento a Arte Contemporânea se perdeu, chegando hoje a questionar coisas como "A vermelhidão do vermelho". E o que isso nos traz? O que nos acrescenta?

Uma amiga me contou um episódio ocorrido numa exposição que visitava. Uma mulher se aproximou de um toco de madeira colocado no salão e cansada, se sentou, quando de repente um homem chegou e lhe disse: "Com licença, mas você está sentada em minha obra." A mulher desconcertada se levantou e saiu.

A partir deste episódio infame, eu questiono se a "culpa" recaí sobre o povo, que não é artisticamente alfabetizado ou sobre o tempo que vivemos nas Artes. Qual será o destino dessa Arte, mais ainda, qual sua função junto á sociedade?

(por Luciano Silvestre)

Esta semana nosso país vibrou com a escolha da cidade do Rio de Janeiro para sediar os jogos olímpicos de 2016. Discursos e festas não faltaram. Mas no meio de toda esta alegria, algumas coisas me chamaram a atenção.

Auto-confiança
Confiar em si mesmo é essencial ao ser humano. Só não entendo porque até agora muitos dizem que ainda não acreditam que nosso país foi escolhido para as Olimpíadas de 2016.

Aproveitamento
Se soubermos aproveitar a oportunidade que nos foi dada, não ganharemos apenas a chance de falar "Meu país vai sediar uma olimpíada", mas sim inúmeras razões para melhorar a situação de vida de muitos brasileiros, em especial os cariocas.

E aí, será que pensarão no dinheiro arrecadado ou não oportunidade de melhorar a vida da população?