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12:48:00

Fraternidade e tráfico humano

No dia 5 de março, em todas as paróquias do Brasil vai ser lançada a Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e tráfico humano”. Entre os objetivos está o de conscientizar a sociedade sobre a insensatez do tráfico de pessoas e sobre a sua realidade. Conforme a CNBB, o problema é difícil de ser enfrentado por causa do preconceito e do medo das vítimas, fazendo com que poucas pessoas denunciem os fatos do tráfico.
O período forte da Campanha da Fraternidade é a quaresma, que inicia na quarta-feira de cinzas e termina na Semana Santa. O convite é a conversão em vista de uma melhor vivência do evangelho. É o que expressamos no momento da imposição das cinzas, quando o ministro diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”!
A problemática do tráfico humano se manifesta na exploração do trabalho escravo, na prostituição, na adoção ilegal de crianças e na venda de órgãos para o transplante. O Texto Base da CNBB diz que dentre os meios usados para o tráfico de pessoas, o mais comum é o aliciamento. “A pessoa é abordada com uma oferta irrecusável, que lhe promete melhorar de vida”. Os traficantes recrutam pessoas “para atividades como modelos, talentos para o futebol, babás, enfermeiras, garçonetes, dançarinas ou para trabalhar como cortador de cana, pedreiro, peão, carvoeiro, etc.”
O tráfico humano gera uma grande renda aos traficantes, razão pela qual consegue se cercar de diversos profissionais que falsificam documentos, organizam o transporte e a hospedagem das pessoas e subornam as polícias. Se não fosse um negócio lucrativo, não teria êxito. Por isso, a CNBB afirma que “é na idolatria do dinheiro que se encontra a origem do tráfico humano”.
Como cristãos, estamos cientes de que, conforme reza o lema da Campanha da Fraternidade, “é para a liberdade que Cristo nos libertou”. Nenhum ser humano pode ser submetido à exploração ou à escravidão, uma vez que são atentados contra a dignidade da pessoa humana.
Uma das nossas maiores riquezas é a liberdade, e esta é tirada da pessoa quando aliciada pelo tráfico. A Igreja quer ajudar a proteger a liberdade das pessoas e libertar aquelas que foram raptadas ou coagidas pelas falsas promessas do tráfico humano.
Convido, pois, as comunidades, grupos de família e pessoas de boa vontade a nos unirmos nesta grande campanha que é promovida pela Igreja no Brasil. Vamos trabalhar na conscientização das pessoas e ficar alertas para as situações de tráfico que, eventualmente, possam estar ocorrendo no nosso entorno. “Comprometidos na superação deste mal, vivamos como filhos e filhas de Deus, na liberdade e na paz”.
Por Dom Canísio Klaus - Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)


10:56:00

Neste carnaval: Vestir a fantasia da caridade

O bem-aventurado Papa João Paulo II na sua Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte afirmava no nº 50: “É hora de uma nova fantasia da caridade que se manifeste não só na eficácia dos socorros prestados, mas na capacidade de pensar e ser solidário com quem sofre, de tal modo que o gesto de ajuda seja sentido, não como esmola humilhante, mas como partilha fraterna”.
Nestes dias de carnaval que se aproximam não podemos esquecer que nossa fantasia e nossa veste é o amor cristão que nos leva a tratar as pessoas como preciosas, e por isso mesmo a abstermos de todo abuso, exploração, manipulação ou violência. Isto implica o cuidado amoroso e fraterno, a compaixão e a mansidão como expõe São Paulo na Carta aos Colossenses 3,12, que nos torna para os outros em sinal de proteção e respeito generoso.
Seria um aberrante antitestemunho, que um cristão se deixasse levar pela devassidão, a irresponsabilidade e as artimanhas do inimigo. Pelo contrário cabe aos seguidores de Cristo mostrar o sentido da verdadeira alegria, que a festa que nos faz experimentar a felicidade passa pela vivência da ternura, da bondade e do saber conviver e compartilhar juntos.
O Evangelho é sempre Boa Nova, para todas as circunstâncias e situações, especialmente aquelas que anseiam pela espontaneidade, completude e inteireza do ser, manifestando a pessoa humana, como festeira e chamada a participar do Banquete do Reino. Que possamos como São João Batista pular de júbilo diante do Senhor, dançar como o Rei Davi diante da Arca, celebrar a vida com Jesus Mestre da comensalidade solidária, mas sempre louvando a Deus com nossas palavras, atitudes e gestos.
Que sejamos portadores e promotores da cultura da paz, do cuidado e da dádiva para todos/as no Carnaval deste ano. Deus seja louvado!
Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo de Campos (RJ)
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